A Sumaúma (Ceiba pentandra), uma das árvores mais emblemáticas da Amazônia, foi escolhida como símbolo oficial dos BRICS — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (20) e marca um novo momento para o grupo, que adotará a sumaúma como elemento central de sua identidade visual a partir de 2025, ano em que o Brasil assumirá a presidência rotativa do bloco.
Conhecida como a “guardiã da floresta” e a “mãe das árvores”, a sumaúma é um símbolo sagrado para os povos nativos da América do Sul. De porte majestoso, pode alcançar até 70 metros de altura e pertence à família das Malváceas (Antigas bombacáceas). Seu tronco espesso, sustentado por raízes tabulares imponentes, e seus frutos fibrosos, que liberam sementes envoltas em paina branca, são algumas de suas características marcantes. A paina, inclusive, pode ser usada como alternativa sustentável ao algodão, pois a planta é conhecida também por algodoeiro. Cresce entre 60 à 70m de altura e seu tronco chama atenção pela sua grandiosa dimensão de até 3 m de diâmetro.
Considerada sagrada para os antigos povos maia e povos indígena, a palavra samaúma é usada para descrever a fibra obtida dos seus frutos, no Brasil, ela ocorre na região da Amazônia, onde existe também uma ilha denominada Sumaúma, no rio Tapajós. Nas várzeas ela pode crescer de forma rápida, mas tem porte menor em terra firme. Suas gigantescas raízes, são chamadas de sapopemas (palavra do tupi que significa raiz chata). De madeira clara, leve e macia quando jovem, e acastanhada ou cinza na maturidade.
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Sua copa se projeta acima de todas as demais servindo de abrigo e proteção para inúmeros pássaros e insetos. Já suas raízes são capazes de absorver água das profundezas do solo amazônico, hidratando não apenas ela, mas outras árvores de espécies diferentes. Em períodos específicos, quando as raízes atingem um determinado nível de umidade, a árvore solta esse excesso e irriga todo o seu entorno
Além de seu simbolismo cultural, a sumaúma possui uma função ecológica crucial: é capaz de extrair água de camadas profundas do solo, mesmo durante períodos de seca, e redistribuí-la para a vegetação ao redor. Esse processo, conhecido como “bombeamento hidráulico”, contribui para manter a floresta tropical saudável e resiliente, reforçando sua importância como um pilar dos ecossistemas tropicais.
O imponente BRICS e a majestade Amazônica , destaca a relevância da preservação ambiental e da sustentabilidade em suas agendas. A árvore representa não apenas a grandiosidade e a interconexão entre os países do Sul Global, mas também a força e a resiliência da natureza em tempos de desafios globais.
Fonte: Revista Forum / Florestal Brasil
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