Árvores que brilham no escuro poderão substituir a iluminação pública no futuro

Quando uma água-viva está bem no fundo do oceano, ela é capaz de criar sua própria luz. Ela não tem uma bateria, um painel solar ou conta de luz. Ela apenas o faz, de forma completamente autônoma. O que nós podemos aprender com isso?“, reflete o designer holandês Daan Roosegaarde. Encantado com a biomimética, o método de imitar modelos encontrados na natureza para resolver problemas, e suas possibilidades, ele agora quer usar árvores que brilham no escuro no lugar de postes de iluminação.
Em 2014, Roosengaarde foi ao Estados Unidos para acompanhar um projeto desenvolvido pelo cientista Alexander Krichevsky em parceria com a Universidade do Estado de Nova York. Sua empresa, a Bioglow, é pioneira em criar plantas geneticamente modificadas capazes de emitir luz própria. O método consiste em juntar o DNA de bactérias marinhas luminescentes ao genoma de uma planta comum. Dessa forma, tanto o caule quanto as folhas conseguem emitir luz, similar à produzida por vagalumes e águas-vivas. Tratando-se de uma manipulação genética, o resultado é uma transgenia que apesar de muito inovador e menos poluente, pode ser perigoso ao meio ambiente por outras questões.
O projeto ainda é recente e, embora a possibilidade de criar grandes árvores a partir dessa modificação genética exista, ainda deve levar alguns anos até que os postes possam ser substituídos. Inspirado pelo projeto, Roosegaarde quer dar um gostinho de como essas árvores irão funcionar. Para isso, ele planeja aplicar a árvores já existentes uma fina camada de tinta bioluminescente que é carregada durante o dia, por meio dos raios solares, e emite luz por até oito horas durante a noite.
O designer Daan Rosengaarde é o responsável pela criação das estrada e da ciclovia que brilham no escuro, já testados na Holanda.
O conceito de Roosegaarde, além de sustentável, garantiria um visual ainda mais bonito às cidades.

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