Fabricante de celulose anunciou mudanças e demitiu funcionários no Chile; obra em MS é prevista para 2025
A gigante chilena de celulose Arauco iniciou uma reestruturação de suas atividades no Chile que levou à demissão de 300 pessoas esta semana, segundo divulgou a imprensa do país sul-americano. Aqui no Estado, a redefinição dos rumos da empresa não deve alterar o projeto de investir R$ 28,5 bilhões para a construção de uma fábrica de celulose em Inocência, região Nordeste do Estado.
Os cortes no Chile incluíram pessoal de unidades de produção, escritórios e até gerentes, conforme noticiado. Na metade do ano, uma comitiva de Mato Grosso do Sul, liderada pelo governador Eduardo Riedel, esteve em Concepción, conhecendo o processo industrial da Arauco.
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Segundo a reportagem apurou com a empresa no Brasil, a reestruturação é parte de um planejamento para tornar o negócio mais estratégico e sustentável. As mudanças necessárias no País já tinham sido adotadas. Uma consultoria estaria assessorando o processo de reformulação global. As três áreas de atuação -madeira, floresta e celulose- serão convertidas em duas, com as últimas se fundindo.
Esse momento da empresa também não deve interferir na programação para o chamado Projeto Sucuriú, que é como é chamada a unidade de Inocência. Em agosto a empresa apresentou o EIA/RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), agora está complementando informações para o processo de licenciamento, com a expectativa de obter licença prévia até o fim do ano.
A fábrica em Inocência prevê a produção de celulose branqueada a partir do processamento de toras de eucalipto, iniciando com a retirada das cascas, picagem, estocamento, cozimento e secagem. Serão produzidas na unidade 5 toneladas de celulose, com previsão de emprego de 10,5 toneladas de eucalipto para cada linha de produção.
A obra tem previsão de início em 2025 e deve durar 40 meses, com estimativa de chegar a reunir 12 mil trabalhadores no auge e gerar, quando em operação, 1.070 empregos diretos. A unidade será instalada perto da MS-377, a 35 quilômetros do perímetro urbano de Inocência. Um dos fatores que pesou na escolha da área foi a proximidade do Rio Sucuriu, que deverá fornecer água para o empreendimento e receberá os resíduos depois do processo de tratamento.
A celulose se tornou um produto estratégico para Mato Grosso do Sul, ficando somente atrás da soja em exportações. A região Leste do Estado passou a concentrar vários empreendimentos, como a Suzano, que também está construindo uma unidade, em Ribas do Rio Pardo, e a Eldorado e a Bracell, que já produzem em MS faz tempo.
Matéria do site Campo Grande News
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