foto: diretodaciencia.com
Ministro da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes. Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasi) |
Em 20 de julho, Galvão afirmou em entrevista ao jornal nacional que Jair Bolsonaro “tem um comportamento como se estivesse em um botequim, ou seja, ele fez acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira, não estou dizendo só eu, mas muitas outras pessoas”. “Isso é uma piada de um garoto de 14 anos que não cabe a um presidente da república fazer”, disse o Ex-Diretor do INPE.
resposta de Galvão gerou uma situação de “constrangimento
insustentável”, segundo suas próprias palavras, e por conta disso foi
exonerado.
Ricardo Galvão, Ex- Diretor do INPE. Foto: Lucas Lacaz Ruiz/A13/Agência O Globo |
sido avisado antes da divulgação de dados do instituto, que apontaram um
aumento de 88% no desmatamento no país em junho em relação ao mesmo
período no ano passado. Disse ainda que “não havia mais clima” para a
manutenção de Galvão no cargo.
Jair Bolsonaro e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil) |
“Eu não peço certas coisas. Eu mando. Por isso que sou
presidente. Após as declarações dele a meu respeito, pessoais, não
tinha clima para continuar mais, não tinha clima”, disse ao deixar o
Palácio da Alvorada.
Em entrevista à uma rádio, o ministro da Marcos Pontes afirmou que está “procurando um nome que tenha conexão com Inpe, que tenha conhecimento nessa área (desmatamento) e em gestão”. Ainda segundo ele, a demissão de Galvão foi motivada pelo fato dele procurar a imprensa para rebater os comentários feitos por Bolsonaro.
“Se o Galvão tivesse me procurado após os comentários de Bolsonaro, tudo poderia ter sido resolvido no diálogo. O fato de ter falado direto com a imprensa gerou perda de confiança”, justificou o ministro. “Tem influência do presidente, mas também tem minha parte, porque se tornou difícil contornar a situação”, emendou.
Ainda conforme o ministro, o sistema de monitoramento do desmatamento será alterado e a análise será feita de forma conjunta com o Ibama, ligado ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
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