Pesquisadores britânicos e brasileiros estimam que a Amazônia tenha perdido ao menos 2,5 bilhões de árvores nos últimos seis anos. A notícia assustadora faz parte de um estudo elaborado por cientistas das Universidades de Oxford e Lancaster, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outras instituições publicado no jornal “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America” (Pnas).
A pesquisa foi feita na região do Baixo Tapajós, perto da cidade de Santarém, no Pará. A área tem cerca de 6,5 milhões de hectares. A equipe avaliou os efeitos, na região, do fenômeno El Niño, que agiu de forma intensa nos anos de 2015 e 2016.
Os pesquisadores acompanhavam com atenção o desmatamento e as consequências da ação climática na região do Baixo Tapajós desde 2010. A partir de 2015, eles perceberam que o El Niño estava provocando uma seca severa e decidiram investigar a fundo como ele interferiria na floresta. Até outubro de 2018, eles foram até a região a cada três meses para verificar como estava cada uma das árvores. Assim, conseguiram chegar ao número impressionante.
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“Se (a árvore) não tem folha, é um sinal que já está morta, já que a maioria das árvores na Amazônia não perdem folhas em partes do ano”, diz Erika Berenguer, bióloga e uma das pesquisadoras do projeto, sobre um dos métodos para identificar o estado de uma árvore, em entrevista à “BBC”. Ela explica que as plantas morrem por causa da seca ou do fogo. Uma das origens para o segundo é o desmatamento.
Segundo a pesquisa, cerca de 495 milhões de toneladas de CO2 foram jogados na atmosfera por conta da derrubada dessas árvores. O número representa mais do que um ano inteiro do liberado pela floresta com os desmatamentos.
Fonte: (msn.com)
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