Imagem: https://blogs.uai.com.br |
Francisco abrange a maior parte do semiárido nordestino, além de banhar
os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco,
Alagoas e Sergipe. Alcança cerca de 507 municípios onde vivem
aproximadamente 13 milhões de pessoas, como Penedo (AL) , Pirapora (MG),
Juazeiro (BA), Paulo Afonso (BA), Três Marias (MG), entre outros.
ou seja, não desaparece no período da seca e possui, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 2.700 km de
extensão, equivalendo a 8% do território brasileiro. O rio São Francisco
drena uma área de aproximadamente 641.000 km2 com uma vazão média por segundo de 2.846 metros cúbicos de acordo com a Agência Nacional das Águas.
Nascente do Rio São Francisco em Minas- Escolakids.uol |
aquáticas no rio São Francisco está surpreendendo e preocupando
ambientalistas e pesquisadores no Nordeste.
A grande quantidade de espécies, em especial elódeas e aguapés (respectivamente dos gêneros elodea e eichhornia), ocorre basicamente por conta do despejo de esgoto e produtos químicos no rio.
Especialistas
ouvidos pela BBC News Brasil afirmaram que não é possível saber
exatamente quando essas plantas surgiram no rio, mas que elas se
alastraram de forma surpreendente por conta da contaminação e da
diminuição da vazão.
“Essas plantas já estão há bastante tempo no
São Francisco, mas agora estão descontroladas”, alerta o coordenador da
Expedição do São Francisco e vice-coordenador do Comitê Científico de
Bacias Hidrográficas do Nordeste, Emerson Soares.
Segundo ele, esse aumento é resultado do acúmulo de poluentes, fertilizantes, agrotóxicos e esgoto doméstico.
“Quando o ambiente está equilibrado, elas (as plantas)
ocorrem em menor proporção e não causam problemas ao ecossistema.
Inclusive elas são importantes na filtragem de nutrientes, servindo de
alimento para várias espécies, atuando na fotossíntese e servindo também
de abrigo para desova de espécies de peixes e crustáceos”, explica.
“Mas
em excesso elas trazem problemas para a água que será utilizada para
abastecimento e matar a sede de animais, tornando-a imprópria para
consumo”, acrescenta.
O excesso das plantas já causa problemas a quem navega nas águas, a pescadores e afeta o abastecimento de água em Alagoas.
O
rio São Francisco é considerado fundamental para o Nordeste. Sem ele,
milhões de pessoas ficariam sem fonte de abastecimento hídrico.
O
Velho Chico, como é chamado, corta 507 municípios, de Minas Gerais a
Alagoas. A área afetada pela proliferação das plantas é a região
conhecida como baixo São Francisco, que vai de Paulo Afonso (BA) até a
foz, em Alagoas, com um total 214 km de extensão.
www.bbc.com |
Na semana passada, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal)
perdeu uma das duas bombas que fazem abastecimento da Bacia Leiteira, em
Pão de Açúcar. Ela queimou devido ao grande número de elódeas. O
abastecimento humano em 19 municípios foi comprometido.
O
coordenador de Produção e Distribuição da Unidade de Negócio Bacia
Leiteira da Casal, Erickson Dantas, diz que a empresa está preocupada
com as plantas, já que a quebra do motor comprometeu 50% do
fornecimento. Ao todo, segundo ele, o suprimento total chega a 200 mil
pessoas no sertão alagoano.
“Nós temos o maior sistema coletivo do
Estado, mas há apenas um ponto de captação para abastecer todos estes
municípios. Se a captação para, o abastecimento também é paralisado”,
diz.
O coordenador conta que um motor reserva foi colocado para
resolver o problema, mas admite que, se o problema se repetir, os
municípios podem ficar sem água.
“De uns dias pra cá estamos
tendo obstruções. Percebemos que a Chesf (companhia de eletricidade)
está liberando mais água (das represas), e isso faz com que as plantas
aquáticas, que ficam acima da captação, desçam. Ontem (quinta-feira, 9)
precisamos parar três vezes para fazer a intervenção e fazer a limpeza”,
comenta.
A vazão citada por Dantas é controlada pela Chesf, que
reduz ou aumenta de acordo com a quantidade de água armazenada nos
reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA) e Itaparica (BA/PE).
Desde
2012, com as reiteradas estiagens, a vazão passou por uma série de
reduções a fim de garantir que nenhum deles chegasse ao volume morto — o
que causaria problemas na geração de energia elétrica.
foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press – 17/8/17 |
Para
amenizar o problema, pescadores da região foram contratados para retirar
as plantas do local. Entretanto, um dia após a limpeza, as plantas
ressurgiram.
“Já aconteceu de cancelarmos a cobrança aos usuários
porque não conseguimos abastecer uma cidade por esse problema. Ou seja,
são muitos prejuízos causados “, afirma Dantas.
A Casal agora
está elaborando um plano para fazer a contenção das plantas, para que
não se aproximem das bombas. “Mas ainda é preciso que exista um estudo”,
afirma.
Na semana passada, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal)
perdeu uma das duas bombas que fazem abastecimento da Bacia Leiteira, em
Pão de Açúcar. Ela queimou devido ao grande número de elódeas. O
abastecimento humano em 19 municípios foi comprometido.
O
coordenador de Produção e Distribuição da Unidade de Negócio Bacia
Leiteira da Casal, Erickson Dantas, diz que a empresa está preocupada
com as plantas, já que a quebra do motor comprometeu 50% do
fornecimento. Ao todo, segundo ele, o suprimento total chega a 200 mil
pessoas no sertão alagoano.
“Nós temos o maior sistema coletivo do
Estado, mas há apenas um ponto de captação para abastecer todos estes
municípios. Se a captação para, o abastecimento também é paralisado”,
diz.
O coordenador conta que um motor reserva foi colocado para
resolver o problema, mas admite que, se o problema se repetir, os
municípios podem ficar sem água.
“De uns dias pra cá estamos
tendo obstruções. Percebemos que a Chesf (companhia de eletricidade)
está liberando mais água (das represas), e isso faz com que as plantas
aquáticas, que ficam acima da captação, desçam. Ontem (quinta-feira, 9)
precisamos parar três vezes para fazer a intervenção e fazer a limpeza”,
comenta.
A vazão citada por Dantas é controlada pela Chesf, que
reduz ou aumenta de acordo com a quantidade de água armazenada nos
reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA) e Itaparica (BA/PE).
Desde
2012, com as reiteradas estiagens, a vazão passou por uma série de
reduções a fim de garantir que nenhum deles chegasse ao volume morto — o
que causaria problemas na geração de energia elétrica.
Para
amenizar o problema, pescadores da região foram contratados para retirar
as plantas do local. Entretanto, um dia após a limpeza, as plantas
ressurgiram.
“Já aconteceu de cancelarmos a cobrança aos usuários
porque não conseguimos abastecer uma cidade por esse problema. Ou seja,
são muitos prejuízos causados “, afirma Dantas.
A Casal agora
está elaborando um plano para fazer a contenção das plantas, para que
não se aproximem das bombas. “Mas ainda é preciso que exista um estudo”,
afirma.
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