A maior flor do mundo: ‘Raffesia tuan-mudae’. Essa flor gigantesca mede 111 centímetros de diâmetro e é encontrado na ilha indonésia de Sumatra, e tem cheiro de cadáver.
Durante a floração, a planta desprende um odor repugnante de carne podre, semelhante ao de um cadáver, para atrair as moscas que a polinizam.
Essa flor parasita, que parece um cogumelo gigante, tem uma vida de quatro a cinco dias antes de murchar. Possui cinco pétalas avermelhadas, nenhuma folha, pesa mais de 10 kg e é quatro centímetros maior do que a encontrada na mesma planta hospedeira em 2017. Aina S. Erice, autora de El Libro de las Plantas Olvidadas (O livro das plantas esquecidas, Grupo Planeta, 2019) e bióloga especializada no reino vegetal, explica que esse tamanho descomunal se deve à saúde da planta da qual se aproveita, geralmente do gênero Tetrastigma, uma espécie que cresce apenas em florestas do sudeste da Ásia.
Veja: Sequoia Lunar
A planta não produz clorofila e rouba os recursos da hospedeira, por meio de uma transferência de seu material genético, para se desenvolver. “Formar uma flor desse tamanho é muito custoso. Desconheço se existe um limite, mas sei que ao mesmo tempo mudaria muito a existência da planta e já não seria viável”, comenta.
Essa planta também é um pokémon (Vileplume), veja:
A história da descoberta
As 39 flores da espécie Rafflesia têm uma história que remonta aos séculos XVIII e XIX e se dividem em dois caminhos que fizeram a ciência avançar em paralelo: a viagem de Louis Auguste Deschamps, um botânico francês membro de uma expedição científica à Ásia e o Pacífico em 1797 e a descoberta dos britânicos Joseph Arnold e sir Stamford Raffles em 1818.
No entanto, em uma época de guerras e conquistas, as amostras do curioso espécime obtidas pelos franceses foram confiscadas pelos britânicos, como conta Peinado em seu blog Sobre Esto y Aquello. Em 1954, o Museu de História Natural de Londres divulgou todas as informações que haviam ficado na sombra. O curioso espécime era uma Rafflesia Patma. Mas sua prima, a Rafflesia Arnoldi, apesar de ter sido encontrada mais tarde, foi reconhecida e descrita oficialmente em 1821 por Robert Brown, um botânico escocês formado na Universidade de Edimburgo.
Fonte: Ciência | EL PAÍS Brasil
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