Em dias de crise de água, um dado que muitas pessoas não sabem é a importância das unidades de conservação (UCs) da natureza nas áreas urbanas para a existência de água nessas regiões.
As áreas de conservação em áreas urbanas têm relação direta com a preservação da qualidade e a quantidade de água nas cidades. Isso é facilmente explicado por algumas características das áreas verdes”, disse Marilia Fanucchi*, bióloga, professora, mestre em Ciências da Engenharia Ambiental e ambientalista.
Marilia Fanucchi destacou quatro características que explicam essa relação da água com as florestas:
- Suas raízes evitam a compactação do solo, mantendo a permeabilidade e permitindo que a água da chuva penetre no solo e recomponha o lençol freático;
- As árvores possibilitam que a água da chuva escorra lentamente pelas folhas e tronco, até atingir o solo, evitando erosão. Só para exemplificar, segundo o Policiamento Ambiental do Amazonas, numa região desmatada e com pluviosidade anual de 1.500mm, o volume de água que deixa de se infiltrar pode atingir 7,5 milhões de litros de água por hectare;
- Todo ser vivo contém água em sua composição. Dessa forma, as áreas verdes garantem uma reserva de água, liberada aos poucos por meio da transpiração. Uma árvore retém muito mais água de que vegetação herbácea, principalmente as mais velhas;
- As áreas de mata garantem a manutenção de um microclima que impede a rápida evaporação da água, com benefício para todos os demais seres vivos.
Ou seja, as áreas verdes e, principalmente, as árvores realizam um trabalho importantíssimo de uma maneira silenciosa. Exemplo em São Paulo, uma das áreas verdes que contribui para a questão da água em São Paulo é a Reserva Biológica Tamboré, uma das maiores unidades de conservação brasileiras inseridas no perímetro urbano. Ela está localizada no bairro Tamboré, em Santana de Parnaíba, município da região oeste da Grande São Paulo.
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