

Leonardo Sobral, Diretor de Florestas do IMAFLORA, por sua vez, destacou o papel fundamental do manejo sustentável na conservação das florestas e no combate às mudanças climáticas. Ele também apontou a necessidade de eliminar preconceitos relacionados ao uso da madeira no Brasil, citando como exemplo o incentivo ao uso dessa matéria-prima no setor da construção civil em países como a França.
“Essa plataforma faz um compilado de toda produção madeireira da Amazônia, e conseguimos observar uma redução grande da produção em 2023. Atribuimos isso a uma saturação no mercado no pós-pandemia, com isso, nós concluimos que é importante falar mais sobre setor florestal sustentável e das concessões florestais. Dialogar com o empresariado, ONGs, Governo e pensar estratégias pra organizar o setor florestal da Amazônia. – afirmou Sobral
Manejo sustentável e desafios regulatórios
As novas regulamentações internacionais, como a entrada de espécies como o Ipê e o Cumaru na CITES e as exigências da EUDR, foram apontadas como grandes desafios para o setor florestal. Esses temas destacaram a necessidade de rastreabilidade e maior transparência na cadeia produtiva para atender às exigências globais de sustentabilidade.
Deryck Martins destacou a relevância das novas regulamentações internacionais para o setor florestal, como a entrada de espécies como o Ipê e o Cumaru na CITES e as exigências da Regulamentação da União Europeia contra o Desmatamento (EUDR).

“Nós estamos em um momento crucial pro Setor florestal, próximo ao inicio da vigencia CITES, com a inclusão de espécies como o Ipê e o Cumaru, e nós temos um desafio, que é o IBAMA conseguir dar vazão à essa demanda. E uma das formas de fomentar a legalidade, é criar incentivos para as empresas que buscam a legalidade, trazendo viabilidade para o mercado de exportação legal.
Já a EUDR exige maior rastreabilidade, e das sete commodities incluidas no regulamento, a madeira é a que mais tem controle. O que é essencial para ganharmos credibilidade e garantir a sustentabilidade do setor, mas precisamos alinhar políticas públicas e os órgão ambientais precisam dar segurança e agilidade para que os produtores tenham suporte nessa transição,” afirmou Martins.
Participação dos órgãos públicos
Garo Batmanian, diretor-geral do SFB, apresentou perspectivas otimistas sobre o potencial do manejo florestal. Ele destacou que, para atender à crescente demanda, o Brasil precisa ampliar as áreas sob concessão para 25 milhões de hectares, ainda um número viável considerando os 320 milhões de hectares de floresta amazônica existentes.
“O futuro está em mantermos as florestas em pé. O manejo de baixo impacto, além de não gerar desmatamento, agrega valor às florestas, contribuindo para a economia local e para o equilíbrio climático global,” afirmou Batmanian.
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