Dia 05 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia. E pra celebrar a data, vamos publicar uma série de matérias especiais sobre um dos biomas mais importantes do mundo, pra começar nós separamos uma lista com nada menos do que 30 fatos e curiosidades sobre a Amazônia.
1. Origem do nome Amazônia
Amazona significa sem seio, em grego, Em grego, mazos quer dizer seio. A significa não.Porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.
Quando expedicionários europeus, chegaram à região que hoje pertence à Amazônia, encontraram um grupo de índias guerreiras. Segundo os relatos, elas lutavam nuas e viviam em tribos isoladas, sem homens. Eram chamadas pelos índios de icamiabas. (que também significa “sem seio”) Por seus costumes, elas lembravam as lendárias amazonas da mitologia grega, que viviam na Ásia Menor, e logo foi feita a associação entre elas.
2. Nomes da Amazônia
Pouca gente sabe mas a Amazônia pode ser chamada de diversas formas: Floresta Amazônica, Selva Amazônica, Floresta Equatorial da Amazônia, Floresta Pluvial ou Hileia Amazônica. E é uma floresta latifoliada úmida, ou seja uma floresta cujo tipo de vegetação apresenta folhas largas e grandes, geralmente presente em regiões quentes para permitir a intensa transpiração. É o tipo de vegetação predominante em floresta equatorial, quente e úmida no norte do país e floresta tropical, com as mesmas características (quente e úmida) que cobre a maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul.
3. O “Descobrimento” da Amazônia
Em 1541, o explorador espanhol Francisco de Orellana descobriu, para os europeus, o Rio Amazonas, numa expedição em busca do Eldorado. Descendo os Andes peruanos, Orellana chegou à Foz do Amazonas em agosto de 1542. Ao retornar à Espanha, o explorador contou ter visto guerreiras semelhantes às amazonas da mitologia grega. Orellana recebeu do rei da Espanha o direito de colonizar as terras descobertas, que receberam o nome de Nova Andaluzia. O explorador retornou, em 1545, mas faleceu no ano seguinte e toda a expedição voltou à Espanha.
Em 1580, com a União Ibérica, o Tradado de Tordesilhas foi relaxado. Assim, portugueses e espanhóis podiam colonizar a região, sem problemas diplomáticos.
4. Tamanho e abrangência da Amazônia
Esta bacia abrange 7 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 5 milhões e meio de quilômetros quadrados são cobertos pela floresta tropical.
Esta região inclui territórios pertencentes a nove nações. A maioria das florestas está contida dentro do Brasil, com 60% da floresta, seguida pelo Peru com 13% e com partes menores na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa). Estados ou departamentos de quatro nações vizinhas do Brasil têm o nome de Amazonas por isso. A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e compreende a maior biodiversidade em uma floresta tropical no mundo. É um dos seis grandes biomas brasileiros, o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território e abrange três das cinco divisões regionais do país (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), sendo o maior bioma terrestre do país.
5. Os estados e as capitais da Amazônia Brasileira
A Amazônia Legal é dividida em duas partes: a Amazônia Ocidental, composta pelos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, e a Amazônia Oriental, composta, por exclusão, pelos Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.
Mas o que é a A Amazônia Legal? É a área que corresponde à área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM delimitada em consonância ao Art. 2o da Lei Complementar n. 124, de 03.01.2007. A região é composta por 772 municípios distribuídos da seguinte forma: 52 municípios de Rondônia, 22 municípios do Acre, 62 do Amazonas, 15 de Roraima, 144 do Pará, 16 do Amapá, 139 do Tocantins, 141 do Mato Grosso, bem como, por 181 Municípios do Estado do Maranhão situados ao oeste do Meridiano 44º, dos quais, 21 deles, estão parcialmente integrados na Amazônia Legal.
6. População atual da Amazônia
A população está estimada em 38 milhões de habitantes. A população da Amazônia Legal aumentou de 8,2 milhões em 1972 para 28,1 milhões de habitantes em 2020, o que representa 13% da população brasileira. A densidade demográfica na região é ainda baixa: 5,6 habitantes por km².
7. Distribuição do território
A Amazônia Legal possui 45% do território composto por Áreas Protegidas. Essas áreas distribuem-se em Unidades de Conservação (UC) de Uso Sustentável com aproximadamente 11%, Proteção Integral com 8%, Terras Indígenas (TI) com 23%, Áreas de Proteção Ambiental (APA) com 3% e Terras Quilombolas (TQ) com apenas 0,2% da área da região. Em seguida, as áreas com Cadastro Ambiental Rural (26%), os assentamentos rurais (8%), as áreas militares (1%) e outras áreas (20%) completam o território da região.
8. Povos da Amazônia
No Brasil, a Amazônia é o lar de mais de 60% da população indígena. Importantes defensores da floresta, os povos originários foram os primeiros habitantes da região. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, vivem na Amazônia cerca de 306 mil indígenas, sendo que a maioria vive na zona rural. Algumas tribos são:
– Guarani
– Xerente
– Amawáka
9. O Clima da Amazônia
Amazônia é uma região bastante úmida e quente, e isso deve-se à existência das florestas, que, por meio da evapotranspiração, perdem água para o meio ambiente. O Oceano Atlântico também é responsável por essa umidade elevada. O clima predominante é o equatorial úmido, com temperatura média de 27,9 ºC, durante a estação de menor umidade, e de 25,8 ºC, na estação de maior pluviosidade.
A umidade do ar chega a 88% na época das chuvas intensas, contudo, mesmo na estação seca, essa permanece elevada, chegando a 77%. Em relação à pluviosidade, chove na Amazônia cerca de 1.500 mm a 3.000 mm todos os anos, segundo a WWF Brasil.
10. Tipos de solo na Amazônia
O solo da floresta amazônica é em geral bastante arenoso. Possui uma fina camada de nutrientes que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Esta camada é rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região. Em áreas desmatadas, as fortes chuvas “lavam” o solo, carregando seus nutrientes. É o chamado processo de lixiviação, que deixa os solos amazônicos ainda mais pobres. Apenas 14% de todo o território pode ser considerado fértil para a agricultura.
Mas se apenas essa pequena parte é fértil, como existem tantas árvores? Aqui está um dos pontos essenciais para o equilíbrio do ecossistema.
Neste processo a camada de húmus tem um papel fundamental. Além disso, os poucos nutrientes presentes no solo são rapidamente absorvidos pelas raízes das árvores, e estas plantas, por sua vez, tornam a liberar nutrientes para enriquecimento do solo. Trata-se de uma constante reciclagem de nutrientes.
11. Tipo de vegetação da Amazônia
A vegetação, de maneira geral, é caracterizada por uma floresta densa e pela presença de árvores de grande porte. O bioma possui cerca de 3.650.000 km² de florestas contínuas. De maneira específica, a vegetação é classificada em três categorias:
- Mata de terra firme: vegetação localizada em regiões de altitudes mais elevadas, essas são, portanto, caracterizadas por não haver inundações e sua vegetação ser sempre seca. Há presença de árvores de grande porte, como castanheira, palmeira e mogno.
- Mata de igapó: vegetação localizada em terrenos de menores altitudes, estando esses inundados praticamente por todo o tempo. Há presença de vegetação baixa, como musgos e arbustos. Nessas matas, é possível encontrar a vitória-régia, planta aquática, símbolo do bioma Amazônia.
- Matas de várzea: vegetação localizada em regiões de altitudes intermediárias e que são inundadas em uma determinada época do ano. As áreas mais altas permanecem inundadas por menos tempo. Já as áreas menos elevadas permanecem inundadas por um tempo maior. As espécies encontradas nessas áreas são semelhantes às encontradas nas matas de igapó, apresentando, também, árvores de até 40 metros de altura.
12. O Rio Amazonas
O rio foi batizado inicialmente de rio Orellana, mas era chamado pelos indígenas de Paraná-assú, O rio Amazonas, é o maior rio em volume de água do mundo e o segundo maior em extensão territorial. Com 6 568 quilômetros, percorre o norte da América do Sul, a floresta amazônica e deságua no Oceano Atlântico. Possui mais de mil afluentes, sendo que alguns deles, como o Madeira, o Negro e o Japurá, estão entre os 10 maiores rios do planeta.
É, de longe, o rio com maior fluxo de água por vazão, com uma média superior que a dos próximos sete maiores rios combinados (excluindo Madeira e rio Negro, que são afluentes do próprio Amazonas). A Amazônia, que tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, é responsável por cerca de um quinto do fluxo fluvial total do mundo, sendo que a água que flui pelos rios amazônicos equivale a 20% da água doce líquida da Terra.
13. A Amazônia (e o rio Amazonas) tem 55 milhões de anos
Julia Tejada, paleontóloga e exploradora da Nat Geo, conta que a origem da Amazônia está ligada à ascensão dos Andes. Ou seja: sem os Andes, não haveria Amazônia e/ou sua flora e fauna.
A floresta provavelmente se formou durante o período Eoceno. Ela apareceu na sequência de uma redução global das temperaturas tropicais do Oceano Atlântico, quando ele tinha se alargado o suficiente para proporcionar um clima quente e úmido para a bacia amazônica. A floresta tropical tem existido por pelo menos 55 milhões de anos e a maior parte da região permaneceu livre por biomas do tipo savanas por, pelo menos, até a Era do Gelo Atual, quando o clima era mais seco e as savanas mais generalizadas
14. Um dos eventos mais importantes na Amazônia é o “pulso de inundação”
Fernando Trujillo, biólogo marinho e explorador da Nat Geo, conta que – graças às chuvas abundantes nos Andes – o nível dos rios pode aumentar até 15 metros verticalmente por milhares de quilômetros planos. Portanto, todas as espécies que vivem na Amazônia estão adaptadas a isso e, quando o nível da água começa a subir, os peixes, por exemplo, se preparam para fazer migrações reprodutivas.
15. O maior volume de água na Terra
A Amazônia é cortada pelo rio Amazonas que drena mais de 7 milhões de km2 de terras e tem vazão anual média de 176 milhões de litros de água por segundo! Isto lhe confere a posição de maior rio em volume de água do mundo. Em sua foz, o Amazonas despeja no mar 100 milhões de litros d’água por segundo (100.000 m3/s).
16. A importância para o clima na Terra
Por sua extensão e propriedades, a Amazônia influencia regime de chuvas em toda a América do Sul, e contribui para estabilizar o clima global.
De acordo com o livro Gestão da Amazônia, de Jacques Marcovith, ‘a intensidade desses fluxos, ou seja, a quantidade de vapor de água transportada por essas massas é maior que a própria vazão do rio Amazonas. Por isso foi utilizado o termo rios voadores’.
17. O gigante rio subterrâneo
Cientistas descobriram que existe sob o rio Amazonas um rio subterrâneo que corre no mesmo sentido do que o que se encontra na superfície. Ainda existem algumas controvérsias a respeito do caso, mas o rio foi batizado de Hamza — em homenagem ao pesquisador Valya Hamza —, se encontra a 4 mil metros de profundidade, conta com 6 mil quilômetros de extensão, e se calcula que ele tenha uma vazão de 3 milhões de litros por segundo;
18. A presença humana na Amazônia
Com base em evidências arqueológicas de uma escavação na Caverna da Pedra Pintada, habitantes humanos se estabeleceram na região amazônica pelo menos há 11 200 anos atrás. O desenvolvimento posterior levou a assentamentos pré-históricos tardios ao longo da periferia da floresta em 1250 a.C., o que induziu a alterações na cobertura florestal.
19. As possíveis civilizações perdidas na Amazonia
Embora inúmeras expedições à Amazônia tenham tentado descobrir a localização de cidades lendárias cobertas de ouro, os cientistas começaram a duvidar que as duras condições da floresta e seu solo infértil tivessem permitido que civilizações avançadas pudessem ter se desenvolvido por lá no passado Por outro lado, pesquisadores encontraram evidências da existência da chamada terra preta de índio em vastas áreas da Amazônia e acreditam que ela foi distribuída por antigas civilizações para tornar o solo mais fértil — e isso teria permitido o desenvolvimento de cultivos e a construção de cidades;
20. Espécies de plantas da Amazônia
Uma pesquisa feita na Amazônia revelou que o bioma conta com cerca de 14.003 espécies de plantas que se dividem em árvores, ervas, arbustos, lianas e trepadeiras. Desse total, cerca de 76% encontra-se no Brasil.|1| A flora apresenta elevado potencial medicinal e econômico. É possível encontrar espécies de bromélias e orquídeas, bem como seringueiras e buritis, entre outras plantas e árvores.
21. Principais atividades econômicas
A exploração e o processamento industrial de madeira estão entre suas principais atividades econômicas – ao lado da mineração e da agropecuária (Veríssimo et al., 2006).
22. A FLORESTA Amazônica
Na Amazônia, existem cerca de 51 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente a duas vezes o estado do Rio Grande do Sul ou do tamanho da Espanha;
Em Junho de 2021, O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deram início aos estudos para estruturação da concessão florestal em cinco áreas do Amazonas para o manejo florestal sustentável cinco florestas públicas federais na Região Norte: Balata-Tufari, Iquiri, Jatuarana, Pau-Rosa e Gleba Castanho, todas localizadas no Amazonas.
No total, 2,3 milhões de hectares poderão ser concedidos, com uma estimativa de produção de cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos, gerando 3,9 mil empregos diretos e 7,8 mil empregos indiretos.
23. Todas as FLONAS da Amazônia
Atualmente, o Serviço Florestal Brasileiro tem 17 contratos ativos que autorizam o manejo de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, em seis florestas nacionais nos estados de Pará e Rondônia, que totalizam uma área de 1 milhão de hectares. Além da extração de madeira controlada, o vencedor da concessão pode explorar produtos como folhas, frutos, sementes, óleos, látex e resinas e também desenvolver atividades de turismo. Entre 2010 e 2021 a produção foi de 1,46 milhão de m³ de madeira.
A meta do SFB é incluir, até o primeiro semestre de 2022, 19 Florestas Nacionais e 6 glebas de Florestas Públicas não destinada no programa em sete estados: Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Santa Catarina. Paraná e São Paulo. Isso agregaria em torno de 3,8 milhões de hectares contratados, com a produção de mais 2 milhões de m³ de madeira.
Nº | NOME | ESTADO | CRIAÇÃO | TAMANHO | |
1 | Balata-Tufari |
|
8 de maio de 2008 (13 anos) | 1 079 954,68 hectares (10 799,5 km2) | |
2 | Jamanxim |
|
13 de fevereiro de 2006 (15 anos) | 1 301 567,09 hectares (13 015,7 km2) | |
3 | Iquiri |
|
8 de maio de 2008 (13 anos) | 1 472 599,57 hectares (14 726,0 km2) | |
4 | Amazonas |
|
1 de março de 1989 (32 anos) | 1 944 203,55 hectares (19 442,0 km2) | |
5 | Itacaiunas |
|
2 de fevereiro de 1968 (53 anos) | 136 699,32 hectares (1 367,0 km2) | |
6 | Macauã |
|
21 de junho de 1988 (33 anos) | 176 356,79 hectares (1 763,6 km2) | |
7 | Mapiá-Inauini |
|
14 de agosto de 1989 (32 anos) | 176 356,79 hectares (1 763,6 km2) | |
8 | Tapirapé-Aquiri |
|
5 de maio de 1989 (32 anos) | 196 502,64 hectares (1 965,0 km2) | |
9 | Roraima |
|
1 de março de 1989 (32 anos) | 2 664 685 hectares (26 646,9 km2) | |
10 | São Francisco |
|
7 de agosto de 2001 (20 anos) | 21 148,12 hectares (211,5 km2) | |
11 | Itaituba I |
|
2 de fevereiro de 1998 (23 anos) | 212 881,04 hectares (2 128,8 km2) | |
12 | Mulata |
|
1 de agosto de 2001 (20 anos) | 216 446,60 hectares (2 164,5 km2) | |
13 | Jacundá |
|
1 de dezembro de 2004 (16 anos) | 221 229,27 hectares (2 212,3 km2) | |
14 | Jamari |
|
25 de setembro de 1984 (36 anos) | 222 151,83 hectares (2 221,5 km2) | |
15 | Santa Rosa do Purus |
|
7 de agosto de 2001 (20 anos) | 231 555,52 hectares (2 315,6 km2) | |
16 | Purus |
|
21 de junho de 1998 (23 anos) | 256 121,13 hectares (2 561,2 km2) | |
17 | Trairão |
|
14 de fevereiro de 2006 (15 anos) | 257 529,41 hectares (2 575,3 km2) | |
18 | Anauá |
|
18 de fevereiro de 2005 (16 anos) | 259 400,62 hectares (2 594,0 km2) | |
19 | Caxiuanã |
|
21 de novembro de 1961 (59 anos) | 317 946,01 hectares (3 179,5 km2) | |
20 | Carajás |
|
2 de fevereiro de 1998 (23 anos) | 391 255,50 hectares (3 912,6 km2) | |
21 | Itaituba II |
|
2 de fevereiro de 1998 (23 anos) | 427 366,56 hectares (4 273,7 km2) | |
22 | Saracá-Taquera |
|
27 de dezembro de 1989 (31 anos) | 441 283,88 hectares (4 412,8 km2) | |
23 | Amapá |
|
10 de abril de 1989 (32 anos) | 460 359,01 hectares (4 603,6 km2) | |
24 | Humaitá |
|
2 de fevereiro de 1998 (23 anos) | 473 256,44 hectares (4 732,6 km2) | |
25 | Tapajós |
|
19 de fevereiro de 1974 (47 anos) | 530 621,59 hectares (5 306,2 km2) | |
26 | Urupadi |
|
11 de maio de 2016 (5 anos) | 538 023,03 hectares (5 380,2 km2) | |
27 | Amaná |
|
13 de fevereiro de 2006 (15 anos) | 542 655,06 hectares (5 426,6 km2) | |
28 | Jatuarana |
|
19 de setembro de 2002 (18 anos) | 569 482,25 hectares (5 694,8 km2) | |
29 | Altamira |
|
2 de fevereiro de 1998 (23 anos) | 725 406,23 hectares (7 254,1 km2) | |
30 | Crepori |
|
13 de fevereiro de 2006 (15 anos) | 740 396,30 hectares (7 404,0 km2) | |
31 | Aripuanã |
|
11 de maio de 2016 (5 anos) | 751 302,17 hectares (7 513,0 km2) | |
32 | Pau-Rosa |
|
7 de agosto de 2001 (20 anos) | 827 877 hectares (8 278,8 km2) | |
33 | Tefé |
|
10 de abril de 1989 (32 anos) | 865 122,24 hectares (8 651,2 km2) | |
34 | Bom Futuro |
|
21 de junho de 1988 (33 anos) | 97 405,94 hectares (974,1 km2) |
24. A atividade madeireira na Amazônia
O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de produtos florestais tropicais. Alguns setores estratégicos da economia, tais como a siderurgia, as indústrias de papel e embalagens e a construção civil, estão estreitamente ligados ao setor florestal.
O valor de produtos oriundos de florestas naturais (madeira em tora, lenha, carvão) atingiu R$ 2,3 bilhões. Por sua vez, o setor de florestas plantadas (papel, madeira) totalizou R$ 1,1 bilhão, enquanto os demais Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs), que incluem uma gama de produtos como óleos, frutos, sementes, folhas, raízes, cascas e resinas somaram R$ 842 milhões em 2019. Atualmente, o açaí (Euterpe oleracea) tem maior participação em valor (70%), seguido de castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) com 16%.
A produção de madeira em tora manteve-se constante na Amazônia Legal na década passada. Em 2010, o volume de madeira em tora produzido atingiu 10,8 milhões m³ com valor de R$ 1,84 bilhão. Já em 2019, a produção atingiu 11,28 milhões m³ com valor de R$ 1,95 bilhão.
25. Faturamento de produtos NÃO MADEIREIROS:
A produção de açaí obteve renda bruta total estimada em R$ 3,02 bilhões em 2019. A cultura de banana (cacho) foi a segunda mais relevante (R$ 1,35 bilhão para área plantada de 892 km²), seguida do cacau em amêndoas (R$ 1,25 bilhão para área plantada de 1.518 km²). No total, essas culturas permanentes geraram R$ 7,95 bilhões em valor de produção na Amazônia Legal.
26. O PIB da Amazônia
O Produto Interno Bruto (PIB) Real da Amazônia Legal totalizou R$ 613,3 bilhões em 2018, o que representa apenas 8,7% do PIB do Brasil em 2020
27. Desmatamento na Amazônia
O desmatamento do bioma Amazônia tem alertado o mundo todo, dada a sua importância para o equilíbrio ambiental mundial. Pesquisadores, ambientalistas e representantes do governo de vários países e do Brasil têm demonstrado preocupação quanto à preservação do bioma e de sua biodiversidade.
Em 2019, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentou dados quanto ao desmatamento do bioma. A divulgação revela que o desmatamento da Floresta Amazônica aumentou em 278% em relação ao período do ano anterior. Foram 2.254,9 quilômetros quadrados devastados, um número alarmante. Esses dados são monitorados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, o Deter, via satélite.
Segundo informações levantadas pelo Observatório do Clima, o desmatamento na região do bioma Amazônia cresceu, entre 2018 e 2019, 49,5%, quando comparado ao mesmo período, entre 2017 e 2018. O estado do Pará é o mais afetado. De acordo com o coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, foram devastadas cerca de 1,5 milhão de árvores em 90 dias no estado, o que representa cerca de 1.713 km2 devastados.
Dados da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) informam-nos de que aproximadamente 68% das áreas protegidas na Amazônia estão sofrendo alguma ameaça mediante interferências relacionadas à infraestrutura de transporte; à energia; à mineração e às queimadas. A rede também afirma que 90% do desmatamento do bioma são realizados nas proximidades das malhas viárias.
28. Queimadas na Amazônia
A Amazônia registrou 28.060 focos de queimadas em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em relação aos focos de incêndio acumulados desde o começo do ano até agosto, a Amazônia soma 39.427 registros. No ano passado, o mesmo período teve 44.013 focos de incêndio.
O número está acima da média histórica e é o terceiro maior índice para o mês desde 2010, perdendo apenas para 2019 e 2020.
Os municípios com o maior registro de fogo no Brasil no acumulado de 2021, até agosto, são:
- Lábrea, Amazonas: 2.535 focos
- Altamira, Pará: 2.251 focos
- Porto Velho, Rondônia: 2.213 focos
- Novo Progresso, Pará: 1.822 focos
- Apuí, Amazonas: 1.766 focos
29. Amazônia no cinema
Anaconda (1997)
Um grupo entra na Floresta Amazônica com o objetivo de fazer um documentário sobre uma tribo indígena e, durante a jornada, conhecem Paul Sarone (Jon Voight), um insano caçador que deseja capturar viva uma anaconda, uma cobra que pode atingir doze metros de comprimento.
Tainá – Uma Aventura na Amazônia (2001)
Tainá (Eunice Baía), uma indiazinha de 8 anos, vive na Amazônia com seu velho e sábio avô Tigê, que lhe ensina as lendas e histórias de seu povo. Ao longo de aventuras cheias de peripécias, ela conhece o macaco Catu ao salvá-lo fas garras de Shoba, um traficante de animais. Perseguida pela quadrilha, ela foge e acaba conhecendo a bióloga Isabel e seu filho Joninho (Caio Romei), um menino de dez anos que mora a contragosto na selva.
Rio 2 (2014)
Blu (Jesse Eisenberg) vive feliz no Rio de Janeiro ao lado da companheira Jade (Anne Hathaway) e seus três filhotes, Carla (Rachel Crow), Bia (Amandla Stenberg) e Tiago (Pierce Gagnon). Seus donos, Linda (Leslie Mann) e Túlio (Rodrigo Santoro), estão agora na floresta amazônica, fazendo novas pesquisas. Por acaso eles encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie.
Iracema – Uma Transa Amazônica
Em 1970, em Belém do Pará, um motorista de caminhão sulista, durante as festas do Círio de Nazaré, conhece Iracema, uma jovem índia prostituída. Dá-lhe uma carona, deixando-a num lugarejo no meio da estrada. A viagem, como todo o filme, serve como pretexto para que sejam mostrados problemas da região – desmatamento, más condições de trabalho e saúde, venda de camponeses – em confronto com a fantasiosa propaganda institucional.
Episódio do desenho do Mickey e Pluto desembarcavam na Amazônia; episódio se passa em Belém
Há 78 anos estreava mais um episódio do famoso desenho do Mickey e seu cachorro Pluto. Na produção de Walt Disney, uma visita inesperada à Amazonas, mais especificamente à Belém do Pará, onde o cachorro Pluto se depara com um Tatu Bola
“Jungle Cruise”,(2021)
novo filme da Disney, foi inspirado em uma atração da Disneyland, em Anaheim, na Califórnia, inaugurada em 1955. O longa, que estreou no Brasil nesta quinta-feira, 29, tem a Amazônia como cenário da aventura estrelada e por Dwayne Johnson (The Rock) e Emily Blunt.
30. Amazônia na música
Gojira – Amazonia
A banda de metal francesa Gojira lançou, em março de 2021, a música Amazonia, acompanhada por um clipe em que se vê povos indígenas realizando rituais tradicionais, queimadas e protestos contra a devastação da floresta. Confira:
Roberto Carlos – Amazônia
Em 1989, Roberto Carlos lançava a Música “Amazônia”, em um disco chamado “Roberto Carlos”, onde ele aparece na capa com um brinco de pena de ave,
“Numa ambição desmedida
Absurdos contra os destinos
De tantas fontes de vida
Quanta falta de juízo
Tolices fatais
Quem desmata, mata
Não sabe o que faz
Como dormir e sonhar
Quando a fumaça no ar
Arde nos olhos de quem pode ver
Terríveis sinais, de alerta, desperta”
Pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Sepultura – Gardians of Earth
O Sepultura lançou em a música “Gardians of Eatth” (Guardioes da Terra) para protestar contra a destruição da Amazônia e os ataques aos indígenas, os verdadeiros guardiões da terra. A ideia é “inspirar a consciência pública e ações para proteger a Amazônia”.
Fontes: [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9]
Descubra mais sobre Florestal Brasil
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.