21 de março – Dia Internacional das Florestas

Histórico da da escolha do dia 21 de março

Para sensibilizar a população sobre a
importância das florestas na manutenção dos ecossistemas e no
desenvolvimento sustentável, a ONU criou o dia internacional das
florestas.

As florestas
são essenciais para a manutenção da vida na Terra. Elas são responsáveis
pela manutenção da maior parte das fontes de água doce do planeta,
abrigam grande parte da biodiversidade, tanto da fauna quanto da flora.

Pensando na necessidade de sensibilizar a
população humana sobre a importância das florestas para a manutenção da
vida na Terra e a necessidade de preservá-las, em 1971, a Organização
das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sugeriu a
criação do “Dia Mundial da Floresta”.
A comemoração da data foi estabelecida para o dia 21 de março, em
virtude do início da Primavera no Hemisfério Norte, de onde partiu a
ideia da criação da data. Assim, no dia 21 de março do ano seguinte foi
comemorado, na Europa e em muitas outras regiões do mundo, o primeiro “Dia Mundial da Floresta” ou “Dia Internacional das Florestas”.
Em 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma resolução para
a criação do “Dia Internacional das Florestas”, que seria celebrado nos
dias 21 de março de cada ano. A criação desta nova celebração surgiu no
intuito de reforçar a importância dos ecossistemas florestais, bem como
a importância de todos os ecossistemas para o desenvolvimento
sustentável e a necessidade de preservá-los.

Definição de Floresta:  

O Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro e a maioria das instituições nacionais trabalham com as definições de floresta elaboradas pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e pela UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática), órgãos ligados a ONU (Organização das Nações Unidas).
São as seguintes definições:
“Floresta – área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de
altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de
alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está
predominantemente sob uso agrícola ou urbano.” (FAO, 2015).

“Floresta é uma área de no mínimo 0,05-1,0 ha com cobertura de copa (ou
densidade equivalente) de mais de 10-30%, com árvores com o potencial de
atingir a altura mínima de 2-5 metros na maturidade in situ. Uma
floresta pode consistir tanto de formações florestais fechadas (densas),
onde árvores de vários estratos e suprimidas cobrem uma alta proporção
do solo, quanto de florestas abertas. Povoamentos naturais jovens e
todas as plantações que ainda atingirão densidade de 10-30% e uma altura
entre 2 e 5 metros são incluídos como floresta, assim como áreas que
normalmente fazem parte da área florestal e que estão temporariamente
desflorestadas como resultado da intervenção humana, como a colheita ou
causas naturais, mas cuja reversão da floresta é esperada.” (UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática).

Bens e serviços fornecidos pela floresta


O conceito de bens e serviços tem origem nas ciências econômicas. Bens
são definidos como tudo aquilo que seja útil ao homem, com ou sem valor
econômico – ex: madeira, alimentos, fármacos, resinas, óleos, água e
outros. Os serviços são prestações de assistência ou realização de
tarefas que contribuem para satisfazer as necessidades humanas, sejam
elas individuais ou coletivas – ex: sequestro de carbono, regulação do
clima, regulação do ciclo hidrológico, controle de erosões e outros. Os
principais bens e serviços que os ecossistemas florestais fornecem são:

  • fonte de matérias-primas – madeira, combustíveis e fibras;

  • fonte de material genético;

  • controle biológico;

  • alimento – pesca, caça, frutos, sementes;

  • produtos farmacêuticos;

  • recreação, ecoturismo e lazer;

  • recurso educacional;

  • valor cultural – estético, artístico, científico e espiritual;

  • controle de erosão, enchentes, sedimentação e poluição;

  • armazenamento de água em bacias hidrográficas, reservatórios e aqüíferos;

  • controle de distúrbios climáticos como tempestades, enchentes e secas;

  • proteção de habitats utilizados na reprodução emigração de espécies;

  • tratamento de resíduos e filtragem de produtos tóxicos;

  • regulação dos níveis de gases atmosféricos poluentes;

  • regulação de gases que afetam o clima;

  • ciclagem de minerais.

Atualmente, devido às taxas de desmatamento e às preocupações com
mudanças climáticas, existe uma forte tendência de valorar e remunerar
economicamente esses bens e serviços, uma tarefa nada simples por seu
valor subjetivo (ex: valor cultural) e pelas limitações metodológicas e
práticas para mensurá-los.

É importante ressaltar que bens e serviços não são exclusivos de
florestas nativas, muitos deles sendo também fornecidos pelas florestas
plantadas. Os bens e serviços da floresta refletem sua importância dos
âmbitos ecológico, econômico e social.

As florestas no Brasil: importância ecológica, econômica e social

O Brasil é um país florestal com aproximadamente 524 milhões de hectares (61,5% do seu território) de florestas naturais e plantadas − o que representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia. Com as florestas naturais ocupando cerca de 517 milhões de hectares (60,7%) e as florestas plantadas com 7,8 milhões de hectares (0,8%).
As florestas brasileiras são importantes ecologicamente por sua biodiversidade e
pelos serviços ambientais que prestam. As florestas nativas são as
maiores fontes de diversidade biológica ou biodiversidade, que é uma das
maiores riquezas do país, e ainda pouco conhecida. Essa variedade de
organismos vivos pode tornar-se bem econômico, como princípios ativos de
plantas, como fonte de alimentos e, ainda, fonte de tecnologia através
de bio-mimetismo (tecnologia que imita a natureza). 
As florestas plantadas não são diversas como as nativas, ao contrário,
em sua maior parte são monoculturas. Entretanto, tanto as florestas
nativas quanto as plantadas oferecem outros inúmeros serviços
ambientais, entre eles:regulação do clima; sequestro de carbono; conservação do solo; conservação dos recursos hídricos; manutenção dos ciclos de chuva (em especial a Floresta Amazônica). 
As florestas, tanto nativas quanto plantadas, também são essencialmente
importantes para a economia brasileira. Todos os setores produtivos
estão direta ou indiretamente ligados aos produtos florestais, como
exemplos, indústria de base usa carvão vegetal como fonte de energia, a
construção civil utiliza madeira e a agricultura necessita dos serviços
ambientais fornecidos pelas florestas. Estima-se que o setor de base
florestal , que atua basicamente em seis cadeiras produtivas seja
responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de
empregos.      

As atividades florestais têm uma relação muito estreita com comunidades
rurais. Por um lado, as florestas naturais que abrigam populações
indígenas e caboclas tradicionais. Por outro lado, temos regiões
agrárias rurais de pequenos produtores onde o plantio de florestas ou o
próprio manejo das reservas florestais apresentam-se como alternativa
econômica.

Tanto as florestas naturais quanto as plantadas podem ser instrumento
de inclusão social. O manejo comunitário é um tema que vem sendo
estudado, divulgado e colocado em prática, especialmente na região
amazônica, como forma de as comunidades tradicionais utilizarem
economicamente a floresta de forma organizada para que possam aumentar
sua renda e melhorar suas condições de vida. O fomento florestal de
florestas plantadas tem sido colocado como uma alternativa para pequenos
proprietários rurais em regiões tradicionalmente agrícolas. O fomento é
iniciativa de grandes empresas do ramo florestal que precisam aumentar
sua produção, fornecendo muitas mudas, insumos, assistência técnica e
garantia de compra da madeira.

Ainda têm apelo social as florestas, pois estão intimamente associadas a
rituais tradicionais, folclore, cultura. As florestas acabam sendo
elemento místico na cultura brasileira, especialmente para as populações
que nelas vivem. A questão social das florestas merece atenção especial
dos governos para que a imensa riqueza delas produzidas não concentre
renda, mas gere benefícios para todo o povo brasileiro, trazendo
inclusão social e riqueza nacional.



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